segunda-feira, agosto 27, 2007

Rainha da Patolândia

Me arrumar para sair com aquelas duas nunca deixou de ser um martírio. Enquanto elas eram pavões endinheirados com as melhores roupas, sapatos, bolsas, cabelos, pele e um corpo perfeito, eu era uma galinha d’angola despenada, com as mesmas calças e blusas de sempre, sem sapatos altos, o cabelo esquisito e a cara com espinhas (sem entrar nos méritos do corpo). Não dá pra especificar qual foi o dia em que me senti mais feia na vida. Sei que, provavelmente, elas estavam lá. Sempre pra me fazer sentir um pouco pior. Os garotos sempre as desejando, me pedindo ajuda para conquistá-las. Sempre esquecendo que eu também era mulher, tinha desejos e aspirações. E nunca reparando que eu podia não ser a deusa espetaculosa, mas era sempre a mim a quem elas recorriam para arrancar conselhos e decidir os rumos da vida. Demorei a perceber, mas um dia veio a luz: eu não era oca, mimada, irresponsável e superficial. Eu tinha aprendido e crescido muito sendo a pata mais feia da patolândia e, enfim eu sabia viver. E sabia que a vida era muito mais do que aquela beleza que um dia se transforma em rugas. Eu tinha algo que ninguém poderia me tirar, nem mesmo o tempo.
*Pauta Tudo De Blog * Capricho. *

quarta-feira, agosto 22, 2007

Praticamente sobre os sinalizadores de navios

Eu não sou de acreditar em sinais. Acho que por que eu nunca fui uma das pessoas escolhidas para recebê-los... Tavez apenas não tenha vindo equipada adequadamente para percebê-los. Mas desta vez, o responsável pelo envio dos sinais, seja lá ele quem for, grudou minhas pálpebras abertas com durex na testa, sacudiu minha cabeça e direcionou meu olhar teimoso pra ele: O SINAL. Chega a ser engraçado, até por que, eu exagero demais, mas dessa vez... foi óbvio demais pra insistir em ignorar, tão óbvio que me faz desconfiar ceticamente. Que paradoxo, meus bruchoves! Eu tive a indicação de que o sinal estava ali, fingi que não vi. Olhei para o outro lado, pisquei, inventei uma tosse, cantarolei um funk qualquer, mexi no cabelo e continuei andando, sem parar. Ao levantar a cabeça, a surpresa: duas meninas entregando flyers. Internamente, desejei ser invisível e passar despercebida: "Não! Odeio essas meninas com papéis que vão direto pro lixo" - pensei. Eu não estava invisível. "Boa noite", disse a magricela 1 azeda, cheia de papéis nas mãos, me oferecendo um daqueles coloridinhos, com aquela vozinha afetada. Peguei um, mas ainda assim, não quis olhar. Ia ignorar, descartar o papelzinho no primeiro lixo que aparecesse - e acredite, ele estava próximo - e ainda fui boazinha pensado no lixo pois, como pude observar, tomando cuidado para não ler o panfleto, o chão estava repleto deles. Mas não adianta, uma espécie de imã puxava meu olhar e cuidava de atiçar ainda mais a minha curiosidade, que já não é nada pequena, viu? Porém, a curiosidade era meio em vão. Eu já sabia o que continha ali. Óh-minhas-luvas-de-veludo-furadas! Tá. Eu olhei. Tá! Eu fiquei chocada e mais desnorteada ainda. Tá, eu admito: eu dei muito valor à um teco de papel. Mas era um sinal. Ê inferno!
* Inspiração repentina daquela que não acreditava em sinais, mas que, de repente, teve a cabeça sacudida por um ao chegar à faculdade ontem de noite.*

sexta-feira, agosto 17, 2007

ramborolepepiro;

I was thinking... I forgot so many things... I tried a lot of different ways... I though that my dreams will come true earlier. I trully hope. I am trying to wait, but I cant handle it. I cant wait so long. I have needs, I have wishes, I have dreams. I am a human being, I am not an animal. I have feelings and brain. I can think by myself, I can do hard things. I am not afraid of sadness. I am afraid just because I dont wanna be here, I dont wanna wait, I dont wanna put my dreams away. I never found a good dream, you know? I though that I dont had it. My life was empty - still empty - but I can see a future. I dont know if it's a good future, or not.... I just wanna go to MY future, my destiny and do what I have to do. I wanna the right of make my own choices. Can I?
*Desabafo.com.diandra*

sábado, agosto 11, 2007

Não entendo

Eu sonhei que era tudo diferente. Sonhei que acordava tarde, abria a janela e ao invés de ver o muro do vizinho, o que eu via era lindamente indescritível. Sonhei que o futuro era agora. E o passado seria amanhã. O presente? Estava em um grande embrulho lilás sobre minha escrivaninha. Minhas lágrimas viraram sorrisos. Meus sorrisos se transformaram em ... Em que se transformaram meus sorrisos? Não sei. No sonho eu me transportava com o pensamento. Desejava estar nos braços de alguém de quem não me recordo, e num piscar de olhos lá eu estava. Não existia sono, fome, frio ou saudade. Não existia pobreza, nem olhos sem esperança. Os olhos insuportáveis não existiam. Os sorrisos alheios iluminavam dias. O tempo passava sem que se sentisse. Era tudo leve. Penas, conteiners, consciências e corações. Era tudo breve, amores, sabores, dores e canções. Menti. As canções eram intermináveis. E encantavam até cantando. Mentiras eram todas iguais e detectáveis. Não havia mágoa. Havia muita lava incandescente, que brotava dos porões e dos criados-mudos. O amor acontecia e era real, o desamor não era mais banal. O telefone não tocava quando eu estava dormindo. O leite não acabava na minha vez. A educação era diretriz primeira de toda relação. Os sapatos não machucavam, as meias não se furavam e as paciências não se acabavam. Sonhei inclusive com você. Apenas não me lembro. Apenas não entendo.
* Não é pauta da Capricho *

quarta-feira, agosto 08, 2007

Pareço metida, mas sou legal?

Já achei que a menina que é minha melhor amiga há quatro anos era uma chata, nojenta e insuportável.
Já achei que a garota nova na escola seria minha melhor amiga pra sempre. Mas a história de amor não durou nem seis meses.
fui odiada por um amigo que deveria falar japonês. Depois recebi uma carta dele que termina em: "E, finalmente, é um prazer ter deixado de não gostar de você e ter te conhecido melhor. Hoje me faz muito bem te encontrar quase que diariamente".
Já achei que uma menina não prestava, resolvi ignorar minha intuição e seguir em frente e mais tarde descobri que ela não prestava mesmo.
O que podemos aprender com isso, amiguinhos?
Nada! Não dá pra saber se aparências enganam sempre ou não. O que você pode fazer é dar sempre uma chance para conhecer as pessoas do jeito que elas provavelmente são. Você nunca vai conhecer alguém plenamente. Nem você mesma. Mas faça o possível para chegar perto disso e não ter surpresas desagradáveis! Dando chances você sempre poderá ser surpreendida por aquela que você julgava uma sacana, que na verdade é um doce de menina e não será injusta com ninguém.
Quer que te dêem chances de mostrar quem você é? All right! Faça o mesmo. E depois não adianta ficar entrando em comunidade “Pareço metida, mas sou legal”, não se convence ninguém com isso, mas sim com atitudes!

* Pauta Capricho *

terça-feira, agosto 07, 2007

Dear Schurables

"Querido beltrano,

Eu nunca pensei que este dia chegaria. Sempre achei que tudo entre nós seriam flores púrpuras com bolinhas amarelas. Vejo que, mais uma vez, eu me enganei.
Acho que de acordo com o meu pregresso dá pra ver que não deveria ser surpresa.
Não vou dizer que tudo foi bom e perfeito enquanto durou. Você, eu, Deus, os vizinhos do prédio do lado e o caixa do mc donalds daquele dia, sabemos o quanto a gente brigou. Mas posso dizer que você serviu para me ajudar a ser quem sou hoje; mãe solteira de 3 filhos ranhentos, 30 kg mais gorda do que quando nos conhecemos, cheia de olheiras e de sono acumulado, três empregos e quase nenhum estudo. Definitivamente, eu mudei muito.
Não vou agradecer, por que esse tempo todo que agüentei do seu lado, te doando a minha juventude e minha vida já foi o suficiente e está de bom tamanho.
Tenho que ir, a agente da condicional está batendo na porta. Acho que ela descobriu que foi eu quem assassinou sua mãe semana passada.

Adeus, Fulana."

* Carta fictícia. Não é pauta Capricho, babe.*

quinta-feira, agosto 02, 2007

O difícil é ter coragem para ir atrás de um sonho.