domingo, julho 27, 2008

Por que as pessoas usam drogas?

Fraqueza. Para mim, esta é a resposta que atende a mais requisitos quando perguntam por que as pessoas usam drogas. Fraqueza por que não agüentam enfrentar os problemas e a vida sozinhos, sem apoio de artifícios suspeitos. Fraqueza por acreditarem que pertencer a um grupo é mais importante do que qualquer coisa, a ponto de começar a usar drogas para se integrar. Fraqueza por achar que a droga vai te tornar 'mais legal'. Por não se aceitar como é e precisar de psicotrópicos para ficar mais 'cool'. Fraqueza por achar que a balada só é legal se você estiver bem doidão e atrelar diversão a isso. Isso não me parece atitude de alguém forte. Se anular para ser bem aceito e bem visto, não torna alguém em uma pessoa melhor. Deixar a curiosidade ser mais forte do que o amor à sua vida, não pode ser chamado de outra coisa que não fraqueza. Declarar que usa porque te faz bem, não é outra coisa que não alienação. Fraqueza sim. Fraqueza por não perceber que a vida é muito mais que os momentos que o baseado te rouba, que o pó te esconde. E fingir, mesmo que por um minuto, que aquilo não vai ter conseqüências graves na sua vida é ser covarde não apenas consigo mesmo, mas com aqueles que te amam e se importam.

quinta-feira, julho 17, 2008

Welcome back!



É sempre assim: a gente vê apavorada 6 meses (ou 1 ano) pela frente. Bate aquele desespero, acha que a vida vai acabar, que serão 6 meses infelizes, que nada fará sentido nesse meio tempo, que a vida vai acabar, que nada será igual, que vai morrer de saudades, que a vida vai acabar...
Quando você abre os olhos em uma bela manhã de sol, percebe que ... pronto!
O tempo voou, a vida seguiu seu curso, você fez novos amigos, aprendeu a caminhar com aquela ausência sempre presente e, quem diria, sobreviveu! E aquele tempo que antes parecia uma eternidade, já não te separa de ninguém.
Ela foi. Curtiu adoidado. E hoje já está chegando de volta. Tudo foi tão rápido que, apesar da promessa, não deu nem tempo de fazer um post sobre isso.
Sei que essa é uma experiência que ela vai guardar para sempre, como nenhuma outra.
Sei que ela viveu grandes coisas, aprendeu lições, conheceu gente, culturas e um mundo todo novo. Eu não estava ao lado dela participando de cada conquista, vitória, choro, ataques de risos ou babaquices quaisquer. Isso dói, devo admitir.
Mas é preciso dizer que dessa experiência, ambas sairemos mais fortes e muito maiores do que entramos. E os laços que nos unem, apesar de já incrivelmente concretos, apenas se tornaram mais e mais firmes.
Apesar das incontáveis coisas que já passamos juntas, foi essa, que atravessamos separadas por oceanos e continentes, que nos fez mais amigas que nunca.
A vida, com uma mão do destino, nos fez primas. Nós nos escolhemos amigas. E sem querer, acabamos irmãs.

Espero que você saiba que estarei sempre aqui, para os momentos mais tensos, os mais bobos, os mais impossíveis e os mais inimagináveis. Não importa a distância. Não importa se a gente enjoe uma da outra por uns tempos. Nada importa. Não vejo a hora de varar a madrugada rindo contigo.
É muito bom te ter na minha vida. E maravilhoso poder encher a boca com muito orgulho pra dizer: Welcome back, sis!

Sua escova de dente continua aqui. Muita coisa mudou, mas sua presença foi marcada pela ausência mesmo nas pequenas coisinhas.
A sua é a azul, caso não se lembre.

domingo, julho 13, 2008

Encapando relações

Tenho ficado VERDE-MUSGO pela penca de notícias de gravidezes que têm chegado até meus ouvidos nos últimos tempos. No geral, são todas meninas mais novas que eu. Ouvi uma bomba de uma garota da quarta-série grávida (!) . O pai é da sexta-série.
Nunca pensei que diria isso, mas fico abismada com a imensa quantidade de crianças com a vida sexual ativa. Mais boquiaberta ainda com a falta de camisinha nessas relações precoces.
Sempre fui do pensamento de que se o adolescente quer transar, ele vai fazer. Queiram os pais e a sociedade, ou não.
Por isso, a idéia de colocar máquinas de camisinhas nas escolas me ocorre como mais um método de incurtir o preservativo na cabeça (e relações) da molecada. Os dados mostram: todas as outras iniciativas estão falhando! É preciso reforço!
Não vou entrar no mérito da discussão sobre se é certo ou não fazer sexo tão cedo ou sobre como a mídia e a sociedade estão incentivando a sexualidade precoce. Se vai haver sexo, sendo isso correto ou não, é preciso que haja camisinha 'encapando' tais atos. As máquinas nas escolas podem entrar no dia-a-dia dos jovens e de certa forma educá-los (mas não farão o serviço sozinhas). Discordo que uma máquina vai incentivar o sexo precoce. As máquinas devem vir acompanhadas de instruções e informações e se a educação sexual não vem de casa, a escola precisa fazer alguma coisa e assumir um papel importante na formação da galera.

Máquinas de camisinhas: à favor ou contra?
Capricho.



É pessoal, o plural de 'gravidez' é 'gravidezes'. Por mais bizarro que seja.
É preciso lembrar também que a falta da camisinha não traz apenas a gravidez, mas toda aquela lista interminável de doenças venéreas, bem como a temida AIDS.
E não, não acho que 11 anos é uma boa idade para transar. Minha irmã tem 10 e não a vejo transando pelos próximos 40.
E sim, acho que é preciso mudar muitas coisas na sociedade, na escola e até mesmo na educação vinda de casa. Sexo precisa ser discutido.
Não falar sobre sexo não faz com que ele não exista e que não será praticado. O risco é ainda maior, pois pode ser feito de maneira errada e sem prevenção.
Sexo na adolescência é uma realidade, mas infelizmente, a camisinha ainda não. Aceitar isso já é o primeiro passo para qualquer transformação. Sexo sem camisinha é inconcebícel nos dias de hoje! (e de amanhã também) Responsabilidade, pessoal!!!!!!!!!

Lembro muito bem quando na 6ª série minha professora de Ciências Rosa deu aula de Educação Sexual, ensinou a colocar camisinha, a tomar pílula entre outras coisas. Não virei uma maníaca sexual por isso (pois é!) e nem saí alucinada da sala fazendo sexo.

Ufa, falei. (quase tudo).


segunda-feira, julho 07, 2008

Haja Saco, sacolas!

Hoje de tarde, voltei do supermercado com a Dona Diandra sênior e fui ser uma boa filha, apenas pra variar um pouco. Guardei todas as compras sozinha, levei o carrinho no subsolo, passei pano no chão da cozinha, fiz a sobremesa para o almoço que ofereceríamos aos amigos e mais um punhado de coisas. (ok, punhado é brega). Ela me pediu então que me dedicasse à tarefa mais bizarra que podia: que organizasse os sacos do supermercado de maneira que pudessem ser colocados em um outro saco, este de pano, com a finalidade de serem puxados lá de dentro. Eu tinha que quase enrrolar saco por saco, um por um, até deixá-lo fino o bastante para passar pelo buraco do saco de pano. Cara, na minha cabeça o melhor jeito da história para guardar sacos já foi inventado há muito tempo. E não, o nome disso não é 'puxa-saco'. É o próprio saco, oras bolas! Tem coisa mais prática e organizatória do que juntar toooodos os saco do jeito em que estiverem e enfiá-los todos juntinhos e bagunçados em outro saco? Genial! Mas claro que minha mãe discorda e o discurso sobre como eu sou desorganizada e preguiçosa foi declamado... e o apelo que ela utiliza em todas as circunstâncias (todas mesmo) foi tirado do bolso do avental: "Óh-meo-dels-Como-Vai-Ser-Quando-Você-For-Morar-Sozinha-Afinal-???". Eu respondi na inocência e com toda a minha praticidade e me sentindo um gênio, que seria do jeito normal, de enfiar todos no mesmo saco e blablablablá; Ela me pareceu um pouco chocada. Fiz do jeito dela, por que hoje era dia de ser uma boa filha, e cheguei à conclusão de que quem inventou aquele saco de pano do mal, além de não ter o que fazer deveria estar pensando em criar um tipo de terapia. A terapia pra quem NÃO TEM SACO. É algo realmente chato. Acreditem em mim. Melhor puxa-saco da história pra mim ainda continua sendo você dizer, com aquela cara de gatinho do Shrek, para a Dona Mãe sobre como a cor dos olhos dela ficou ressaltada com aquele avental, e o corte novo favoreceu o maxilar.. e.. OMG-você-perdeu-peso? háháháhá. Claro que isso não cola com a minha mãe, mas tente com a tua.
Pra quem não viu, o Letrinhas e eu saímos na última edição da Capricho