terça-feira, agosto 07, 2007

Dear Schurables

"Querido beltrano,

Eu nunca pensei que este dia chegaria. Sempre achei que tudo entre nós seriam flores púrpuras com bolinhas amarelas. Vejo que, mais uma vez, eu me enganei.
Acho que de acordo com o meu pregresso dá pra ver que não deveria ser surpresa.
Não vou dizer que tudo foi bom e perfeito enquanto durou. Você, eu, Deus, os vizinhos do prédio do lado e o caixa do mc donalds daquele dia, sabemos o quanto a gente brigou. Mas posso dizer que você serviu para me ajudar a ser quem sou hoje; mãe solteira de 3 filhos ranhentos, 30 kg mais gorda do que quando nos conhecemos, cheia de olheiras e de sono acumulado, três empregos e quase nenhum estudo. Definitivamente, eu mudei muito.
Não vou agradecer, por que esse tempo todo que agüentei do seu lado, te doando a minha juventude e minha vida já foi o suficiente e está de bom tamanho.
Tenho que ir, a agente da condicional está batendo na porta. Acho que ela descobriu que foi eu quem assassinou sua mãe semana passada.

Adeus, Fulana."

* Carta fictícia. Não é pauta Capricho, babe.*

1 palpites bem-vindos!:

Elsa Villon disse...

Uau...
espero que Beltrano tenha valido a pena...
Ou ao menos, saiba cozinhar.

Nunca engordaria 30 quilos por ninguém.

Mas confesso que já me senti tentada por "acidentalmente" dar um sumiço na sogra.

Esse texto mostra bem o estrago que um homem faz na vida de uma mulher submissa e apaixonada (e com certeza, desequilibrada).

Por isso, caros amiguinhos: não se apaixonem.