domingo, novembro 25, 2007

Por que é legal ser uma blogueira Capricho??? Versão 2.0

Já deixei de fazer algum trabalho da faculdade pra escrever no blog por que o prazo da editora tava terminando. Ser blogueira Capricho é algo pelo que me orgulho, apesar de ter ouvido comentariozinhos sarcásticos e preconceituosos. Somos um grupo animado, criativo e engraçadíssimo.

Os e-mails que chegam com a nova pauta, já te fazem entrar num clima acelerado e não rir é difícil. Você já fica sabendo o que vai pintar na próxima revista, vai na comunidade ver o que tá rolando, dá mais um pouco de risada, por que naquele lugar não há uma que não seja engraçada. Se você é publicada, você se sente fantástica.

O blog tem recorde de visitas, gente que você nunca viu, o celular toca incansavelmente. E aquilo que você escrevia e ninguém jamais teve acesso tá na boca de todo mundo. A família morrendo de orgulho, querendo mandar enquadrar a revista para pendurar na sala e mandar cópias para endereços aleatórios, te envergonhando de um jeito bom na frente de estranhos. Seu nome muda: "- Essa é minha filha Diandra-que-foi-publicada-na-Capricho!". Seu currículo, fica mais incrementado, desperta curiosidade e te dá alguns pontos sob a adversária na dinâmica.

Você sabe do que aquelas meninas são capazes e sempre quer se esforçar um pouco mais para estar no páreo. Escreve seis versões diferentes para um texto simples e fica horas escolhendo qual ficou menos pior. No final, você fica feliz de um jeito ou de outro por que todas são fantásticas e por que você está só se divertindo, fazendo aquilo que gosta e te completa.



* Texto para o TDB da Capricho, pauta substituta da do Cachorro!
"Por que é legal ser uma blogueira Capricho???"

Por que é legal ser blogueira Capricho? Versão 1.0

Um dia, estava no ônibus, indo para a faculdade e meu celular tocou. Era a Mia, lá da faculdade, que trabalha com clipping, contando como tinha ficado legal meu texto na Capricho e do susto que tomou quando viu minha foto por lá. Ela realmente não tinha idéia do susto que estava me dando. Eu tinha sido publicada e não tinha noção. Gritei mesmo, assustando os demais passageiros do ônibus, peguei o celular e liguei para minha mãe, amigas, familiares... a conta do celular foi nas nuvens. Finalmente fui publicada!

Quando comento com alguém toda orgulhosa que sou colaboradora da Capricho, ás vezes recebo comentários preconceituosos e sarcásticos. Eu realmente não me importo, por que colaborar para a revista que mais fez parte da minha vida e que ajuda milhares de garotas falando de coisas que não podem falar com qualquer um é algo sem tamanho.

Sem contar que já que estudo jornalismo, acrescentei esse detalhe no meu currículo e tenho certeza que já ganhei alguns pontos nos processos seletivos dos quais participei.
Eu sabia que seria uma experiência legal, só não imaginava que seria tanto. Nesse quase um ano de TDB eu voltei a fazer uma coisa que eu amo horrores, mas não fazia mais com a freqüência que desejava: escrever.


O TDB ajudou a reforçar a certeza que eu tenho de que escrever é o que quero fazer para viver. Com o TDB, me senti desafiada, descobrindo que ainda tenho muito o que me esforçar para melhorar. No fim disso tudo, é ótimo ter mais pessoas lendo o que escrevo, elogiando e palpitando nos meus textos, além do mais, acabei me envolvendo com meninas talentosíssimas e divertidas que gostam de BSB, novela mexicana e são de todo canto do país!



* Texto para o TDB da Capricho, pauta substituta da do Cachorro!
"Por que é legal ser uma blogueira Capricho???"





segunda-feira, novembro 19, 2007

Queridíssimo Papai Noel,

Eu sei que talvez não tenha sido tão boazinha quanto deveria. Sei que deveria ter lavado mais louça, estudado e trabalhado mais, dormido menos e esse tipo de coisa, mas o fim do ano se aproxima e, como é de praxe, gostaria de fazer meus pedidinhos.

Nessa hora eu poderia pedir tudo. Poderia pedir um guarda-roupa novo, reformulado e arrasante, poderia pedir um carro, poderia pedir todas as parcelas da faculdade quitadas ou para passar naquele processo seletivo. Seria bastante adequado pedir um mundo melhor, pedir paz, pedir o fim da violência, pedir o fim da fome e o começo de uma vida nova de oportunidades para o mundo. Só que nesse final de ano, decidi que preciso ser um pouquinho egoísta, só para variar.

Eu só tenho um pedido: Quero que essa maluquice de 'amor-virtual' seja desfeita. Não, não! Calma. Quero apenas que ele vire algo real e palpável. Quero que a Alemanha e o Brasil virem vizinhos. Quero olhar nos olhos do meu alemão, quero segurar as mãos dele, quero parar de imaginar como seria o beijo, o cheiro, o gosto... Quero tudo isso de verdade. Quero poder sentar em qualquer lugar chato e achar que é o máximo, apenas por estar com ele. Eu pedi antes que meu coração passasse por uma 'brazilian wax' total. Pois bem, estou doida pelo Markus. Pois bem. Torne isso possível. É só o que lhe peço. Leve essa dor toda embora e me traga ele. Não precisa de laço, nem pacote.

P.S¹: Se não der para entregá-lo até o dia do Natal, eu juro que não ia reclamar de recebê-lo no Ano Novo.

Um beijo,
Diandra.


Última pauta 'Tudo De Blog' - Capricho - 2008
"O que você gostaria de ganhar de presente de natal?"

sexta-feira, novembro 16, 2007

Minha Happy me faz feliz

A Happy, na verdade, já não faz muito jus ao seu nome. Agora que os anos passaram, ela fica cada vez mais sozinha em casa, presa. Todo mundo trabalhando e ela lá. Mas sempre que alguém se dispõe a dar alguma atençãozinha para ela, lá está ela. Velhinha. Cega de um olho. Manca. Durante sua vida, ela teve a proeza de quebrar três vezes a mesma patinha, no mesmo lugar. Mas ela continua querendo sempre carinho atrás das orelhas, morder sua mão brincando com quem estiver disposto e pedindo o que quer que você esteja comendo. Aquela que eu chamo de 'melhor amiga' não tem quatro patas. Mas eu sei que a Happy é aquela que vai me esperar sempre, que vai vir procurar calor, comida, cafuné ou só um pedaço de carne pra morder. Aliás, não sei se sempre, por que ela tá velhinha, velhinha. Mas é a minha amiga mais antiga e, sem dúvida nenhuma, é companheira. Eu tenho muito medo de chegar em casa e encontrá-la sem respirar. É ela que, mesmo depois de tomar uma bronca por fazer xixi no lugar errado, balança o rabinho pra mim quando abaixo para dar uma atenção diferenciada com a consciência pesada. Morro de preguiça de levá-la para passear, mas adoro os momentos que acontecem depois que vou. A gente conversa em silêncio e se entende. Pelo menos sei que ela não desliga o telefone na minha cara, não liga desmarcando nossas saídas e não implica comigo com bobeiras.
A Happy, mais do que ninguém, merece ser
"happy". Ela sim é amiga de verdade

"Você acredita que o cachorro é mesmo o melhor amigo do homem?"
Pauta "Tudo de Blog" - Capricho

terça-feira, novembro 06, 2007

Somos "fanfarrões" querendo "pedir pra sair"

Não posso andar pela rua até tarde. Não posso pegar ônibus depois de certa hora. Nunca faço aqueles rolês alternativos pra São Paulo que exigem pegar o trem e o metrô nas últimas ou primeiras horas do dia. Não fui na Virada Cultural. Não posso viajar sozinha. Se eu ficar trabalhando até mais tarde, devo chamar o vigilante da rua para me escoltar na saída. Pago caro para voltar da faculdade para casa de noite de van. Quando preciso ir a algum lugar de noite, minha mãe prefere que eu pague um táxi.

Preciso olhar em volta o tempo todo enquanto caminho na rua. É imperativo que segure minha bolsa junto ao meu peito. Se vou a algum lugar considerado mais perigoso, devo, hipócritamente, me vestir de maneira simples e usar o tênis mais furado que encontrar. No carro, preciso fechar os vidros e esconder a bolsa embaixo do banco.
Minha mãe conta que, antigamente, voltava dos bailes de madrugada caminhando e tomando o leite da porta das casas. Eu morro de inveja.

Vivemos em uma bolha e, assustadoramente, nem dentro de nossas casas estamos seguros. Mês passado, fui até a Brasilândia, favela conhecida como a mais perigosa de São Paulo. Estava com a polícia militar e, como num paradoxo, foi quando me senti mais vulnerável. Se olhasse atentamente, descobria fuzis apontados para nós. Foi uma experiência única.
Meu pai mora em condomínio fechado, estou morando em um prédio cheio de câmeras.

A sociedade abre mão de direitos básicos simplesmente por ansiar pela segurança. Somos prisioneiros de nós mesmos. O ladrão rouba também por alguma culpa nossa. É isso o que faz sentido naquela hora, naquele lugar. Enquanto vamos assistindo nossas vidas passarem de dentro dos blindados e fechamos os vidros no semáforo, fechando mais uma porta para o que precisa, sequer percebemos que o panoptismo é aqui, é agora.


Pauta Capricho nº 1032. Tudo de Blog
- "A violência que rola faz vocês pensarem duas vezes antes de fazer alguma coisa?"

sábado, novembro 03, 2007

Girls just wanna have fun

A calcinha que eu estou usando hoje diz o seguinte: "Girls just wanna have fun".
Por isso quando alguém diz que blog é coisa de menininha boazinha eu acho meio esquisito.
Não importa qual o tipo da garota, mas sim se ela se diverte escrevendo.
Um exemplo? Bruna Surfistinha. Aposto que a vida dela é bem ocupada, ela mesma se dizia não fazer parte do time das "boas". E ela tem um blog que, aliás, é dos mais acessados.
Eu já discordo logo de querer classificar as pessoas em rótulos de "boazinhas" e "malvadas". Ninguém joga 100% em nenhum desses times. E acho que rotulando alguém assim, você está apenas limitando.
Fazer um blog é uma espécie de hobbie. Exige um pouco de dedicação e tempo, mas nessa hora é preciso estabelecer prioridades, que variam de pessoa para pessoa. Eu me divirto postando. Escrever faz mais bem para mim do que virar cinco tequilas seguidas. Ver que existem pessoas que lêem e gostam do que escrevo é mais interessante para mim do que fumar um maço de cigarro por dia. E eu sou boazinha por isso?
Não gosto de me limitar assim não. O Markus, meu alemãozinho, diz que gosta de mim exatamente por eu ser malvada. Eu não sou do tipo que bota fogo em gatos, mas garanto que posso fazer as coisas ficarem mais interessantes com atitudes que envergonhariam a Irmã Odete, diretora da escola de freiras onde estudei.


Pauta Capricho "Tudo de Blog": é algo como
"Só as meninas boazinhas fazem blog, as más nunca tem tempo"