É difícil olhar para qualquer coisa no mundo e não lembar de você. Ontem, no ônibus, chorei o caminho inteiro, até que consegui adormecer. Se ando na calçada, lembro do jeito como você sempre envolve meu corpo com o braço, e me puxa sempre para o lado de dentro da rua, para me proteger dos carros.
Se pego o ônibus para voltar para casa depois de um dia de trabalho, não consigo não pensar em todas as vezes que já pegamos este e tantos outros ônibus juntos. Em quantas vezes você me levou até em casa, só pra saber que eu ficaria bem. E em quantas vezes você me abraçava o caminho inteiro até chegar em casa e me deixava encaixar minha cabeça no lugarzinho entre seu ombro e seu pescoço, lugarzinho que é meu.