Um milhão de reais, 24 horas
Oscar Freire, 00h01. Essa seria a primeira parada que faria se tivesse apenas um dia para gastar R$1 milhãozinho. Construiria então o guarda-roupas dos sonhos. Com essa grana, não seria difícil fazer as lojas abrirem em horário especial só para mim. Em seguida, compraria alguns carros; nada muito exagerado. Um ou dois para mim, outro para a minha mãe. Me daria viagens sem fim, para cada mês do ano. Distribuiria presentes a todos os amigos, não passaria vontade nenhuma. Compraria centenas de livros, muitos deles. Investiria em um apê bacana, mas nada ultrapassando os 500 mil. Montaria um negócio para mim, talvez um jornal esportivo ou uma revista feminina, coisa simples mesmo, só para começar. Viraria sócia vitalícia do Santos FC e compraria todos os produtos licenciados do time, talvez um camarote especial. Trocaria o computador do meu quarto e me daria uns dois laptops potentes. Abarrotaria a despensa de casa com todo tipo de comida e guloseima. Redecoraria minha casa do jeito mais lindo, pra matar qualquer foto de revista de inveja. Adiantaria as contas aqui de casa e a faculdade. Turbinaria meu peito ausente e terminaria o dia me mandando para um Spa, para relaxar e pensar na vida. Longe, bem longe do trabalho e do estresse de ser rica por um dia..
O que você faria se tivesse um dia para gastar R$1 milhão de reais, sem doar para a caridade?
Orogotango Winehouse.
Não sou uma garota tímida, então me vestir de menino no acampamento com as roupas do cara em quem eu estava interessada não foi nada muito absurdo. Como gosto de atuar, sempre faço estes episódios parecerem corriqueiros. Antes da festa de confraternização da agência onde trabalho, no final do ano passado, me transformei em Amy Winehouse. Estava na empresa há apenas 4 meses e deixei minha chefe usar um copo de plástico e quilos de gel para fazer um penteado no meu cabelo, no final do meu expediente. Deixei também que pintassem meus olhos, passassem um batom vermelho na minha boca e desenhassem até uma pinta em mim. Mas isso não bastou. Como a boa cara de pau que sou, desfilei na pela agência falando inglês, carregando um copo vazio, como se estivesse bêbada, fazendo graça e tirando fotos. A empresa parou, passei em todas as mesas. Fui assim para a festa, que aconteceu umas três horas depois e não era a fantasia. Lá, falei inglês a noite inteira, cantei e dancei no karaokê as músicas mais queima-filme possíveis. Até acharam que eu estivesse bêbada e então escalaram um cara para me impedir de beber mais e me alimentar. Fui pra casa depois de me divertir muito e entrei pela garagem para não assustar o porteiro: se já estava ridícula, imagina depois do fim da festa?Entrei no elevador e, quando estava fechando a porta, uma mão me impediu: era só o cara mais gato do prédio.
Pauta sobre Mico