Fugir da cozinha depois do almoço, sair sem camisa num dia extremamente quente, não me depilar, não ter vergonha de usar biquini, acordar e não pentear o cabelo...
Essas são algumas das vantagens que eu faria questão de explorar se fosse homem por um dia. Exceto a parte de acordar e não pentear o cabelo, porque isso eu já faço, cof, cof, cof.
Gostaria também de que, por um dia, as pessoas achassem lindo o fato de eu não deixar a toalha em cima da cama, abaixar o assento da privada, saber cozinhar e arrumar minha cama. Seria divino que as pessoas me vissem como um herói, um espécime raro só por que eu faço essas coisas que, na minha pele de menina, são vistas como obrigações. Eu queria entrar no banheiro masculino e ouvir tudo o que é dito por lá. Homem é sim, muito fofoqueiro. Seria legal também não ter que responder quase que diariamente perguntas sobre estar solteira, como se isso fosse um crime. Quando o homem é solteiro, ele está aproveitando a vida. Quando a mulher é solteira, ela é encalhada. Aqui em casa, existe muita diferença entre ser menina ou homem, por isso, só pra variar eu queria estar do outro lado, nem que por uma vez.
Outra coisa que eu não entendo, por que a menor bexiga é sempre dada para quem não pode fazer xixi em qualquer lugar?
Uptade 02/03
PS: Kiki, meu filho, o e-mail era meu. O blog é meu e aquele maledeto texto é meu também!
Beijos.
terça-feira, fevereiro 24, 2009
quinta-feira, fevereiro 19, 2009
Fragmentada
Não muito alto, não muito baixo, não muito forte, nem muito fraco. Não muito sério, não muito palhaço, não muito bobo e não muito chato. Não muito certo, nem muito errado.
Apenas perfeito para mim.
................
E eu, sempre tão segura, gaguejo perto de você. E tenho que me apoiar na mesa ou encostar na parede para me segurar sem toda a força que você rouba de mim sempre que aparece. Eu sinto meus joelhos se dobrando e tento disfarçar. E eu, que queria olhar pra você o dia todo, mas sempre que você vem e olha no meu olho, eu não consigo. Eu perco o fôlego. Eu perco as referências. Eu me sinto tão transparente, tão nua, tão desprotegida. Parece que você sempre lê meu pensamento, que você sempre sabe que eu estou pensando fervorosamente em você. E eu queria me jogar nos seus braços fortes buscando abrigo e colo. Mas sequer beijar seu rosto direito eu consigo.
Eu sou uma boba. Eu fico atrapalhada. Eu me pego procurando as coisas que já estão nas minhas mãos. Procurando palavras. Imagine, eu, procurando palavras! Eu, que sempre falo mais rápido do que penso, que nunca encontro problemas em conversa alguma. Me pego muda, calada. Em silêncio, varrendo minha mente, cada neurônio, cada cantinho obscuro, buscando algo inteligente para dizer na sua presença.
E eu, que mesmo sendo ruim em matemática ou estratégia, quando te avisto de longe, calculo rapidamente seus movimentos e fico parada, displicentemente, fingindo que não te vi, me obrigando a não te olhar. E quando você vem até mim é a glória. E eu sinto os joelhos enfraquecendo de novo. E eu sinto o chão ficando mole. E eu sinto que vou desabar. Mas eu não desabo.
E eu, que me pego querendo deitar na rede com você, jogar War até de madrugada e tentar ganhar de você no banco imobiliário. E eu, que me pego no meio de um movimento que ia direto agarrar tua mão. Que me pego sonhando com a sua cara de satisfação. Que me pego tentando adivinhar o que você assiste na televisão, tomando refrigerante e comendo pizza de mussarela. Que me descubro imaginando que tipo de música você ouve quando está sozinho no carro.
E eu, que quase saturo todas as enzimas do meu corpo querendo acertar quando estou perto de você, sempre erro. Me atrapalho, inverto os pés com as mãos, tropeço. Não só na calçada ou nos meus próprios pés, mas nas palavras. Passo a mão no cabelo nervosamente. E por que, deus, meu sutiã sempre aparece quando você está em volta? Por qual razão o esparadrapo do meu pé machucado fica com a pontinha pra fora bem quando eu vejo seus olhos passearem por lá? Por que demônios o alface fica pendurado na minha boca sempre que você resolve ir comer comigo? Por que eu tenho tanto medo de você descobrir que eu não sou perfeita? E por que eu tenho que ser perfeita?
Mesmo tendo a consciência de que você nem me olha. Mesmo sabendo disso tudo, eu ainda penso em você quando me perfumo pela manhã. E penso de novo quando decido colocar um salto alto que eu sei que vai me matar o dia inteiro. Eu penso que naquele dia você vai olhar pra mim. Que você vai me redescobrir quando passar por algum corredor, ou tomar algum elevador comigo.
E você nunca olha.
Quando te abraço eu inspiro bem forte, quase explodindo com a força do oxigênio em mim, pra captar cada partícula do seu cheiro. Você é sempre tão cheiroso. Sempre tão certo, tão esperto, tão forte, tão confiante. Você sempre fala com convicção, sempre demonstra segurança em tudo. Mesmo nas coisas mais pequenas. Mesmo quando você decide que não vai me olhar.
Apenas perfeito para mim.
................
E eu, sempre tão segura, gaguejo perto de você. E tenho que me apoiar na mesa ou encostar na parede para me segurar sem toda a força que você rouba de mim sempre que aparece. Eu sinto meus joelhos se dobrando e tento disfarçar. E eu, que queria olhar pra você o dia todo, mas sempre que você vem e olha no meu olho, eu não consigo. Eu perco o fôlego. Eu perco as referências. Eu me sinto tão transparente, tão nua, tão desprotegida. Parece que você sempre lê meu pensamento, que você sempre sabe que eu estou pensando fervorosamente em você. E eu queria me jogar nos seus braços fortes buscando abrigo e colo. Mas sequer beijar seu rosto direito eu consigo.
Eu sou uma boba. Eu fico atrapalhada. Eu me pego procurando as coisas que já estão nas minhas mãos. Procurando palavras. Imagine, eu, procurando palavras! Eu, que sempre falo mais rápido do que penso, que nunca encontro problemas em conversa alguma. Me pego muda, calada. Em silêncio, varrendo minha mente, cada neurônio, cada cantinho obscuro, buscando algo inteligente para dizer na sua presença.
E eu, que mesmo sendo ruim em matemática ou estratégia, quando te avisto de longe, calculo rapidamente seus movimentos e fico parada, displicentemente, fingindo que não te vi, me obrigando a não te olhar. E quando você vem até mim é a glória. E eu sinto os joelhos enfraquecendo de novo. E eu sinto o chão ficando mole. E eu sinto que vou desabar. Mas eu não desabo.
E eu, que me pego querendo deitar na rede com você, jogar War até de madrugada e tentar ganhar de você no banco imobiliário. E eu, que me pego no meio de um movimento que ia direto agarrar tua mão. Que me pego sonhando com a sua cara de satisfação. Que me pego tentando adivinhar o que você assiste na televisão, tomando refrigerante e comendo pizza de mussarela. Que me descubro imaginando que tipo de música você ouve quando está sozinho no carro.
E eu, que quase saturo todas as enzimas do meu corpo querendo acertar quando estou perto de você, sempre erro. Me atrapalho, inverto os pés com as mãos, tropeço. Não só na calçada ou nos meus próprios pés, mas nas palavras. Passo a mão no cabelo nervosamente. E por que, deus, meu sutiã sempre aparece quando você está em volta? Por qual razão o esparadrapo do meu pé machucado fica com a pontinha pra fora bem quando eu vejo seus olhos passearem por lá? Por que demônios o alface fica pendurado na minha boca sempre que você resolve ir comer comigo? Por que eu tenho tanto medo de você descobrir que eu não sou perfeita? E por que eu tenho que ser perfeita?
Mesmo tendo a consciência de que você nem me olha. Mesmo sabendo disso tudo, eu ainda penso em você quando me perfumo pela manhã. E penso de novo quando decido colocar um salto alto que eu sei que vai me matar o dia inteiro. Eu penso que naquele dia você vai olhar pra mim. Que você vai me redescobrir quando passar por algum corredor, ou tomar algum elevador comigo.
E você nunca olha.
Quando te abraço eu inspiro bem forte, quase explodindo com a força do oxigênio em mim, pra captar cada partícula do seu cheiro. Você é sempre tão cheiroso. Sempre tão certo, tão esperto, tão forte, tão confiante. Você sempre fala com convicção, sempre demonstra segurança em tudo. Mesmo nas coisas mais pequenas. Mesmo quando você decide que não vai me olhar.
quinta-feira, fevereiro 12, 2009
Orgulho de escrever aqui
Quando eu abri a caixa....
SURPREEEEEEEEEESA!
É tudo tão lindo que vou até postar outra foto.
Capricho: Orgulho de escrever aqui!
Nessa hora me bate até um arrependimento de ter deletado a foto do Kit Always para comparar.
terça-feira, fevereiro 10, 2009
Querido Diário,
Essa semana eu estou de saco cheio. Uns dois litros de rivotril e muito tempo disponível para usufruir dos efeitos do remédio me fariam muito feliz.
Dinheiro também não seria de todo ruim. Aliás, seria muito, muito bom.
É engraçado que quando meu telefone toca, nunca é ninguém dizendo que ganhei algo, que fui sorteada em algum concurso do qual sequer lembrava de ter participado, que ganhei uma herança inesperada de um parente que eu também não sabia que existia ou que tem um cheque de 7 milhões nominal a mim. É sempre algum problema novo ou a C & A me cobrando a fatura do mês passado. O que ninguém entende é que, além de ganhar pouco, eu bloqueei a senha do meu cartão sem querer e não consigo ter acesso ao meu próprio e raro dinheiro.
Eu mereço férias. E em troca disso, o que a vida me dá? A volta as aulas.
Eu devo ter colado Trident de canela na cruz na minha última encarnação.
Aliás, devo ter colado não só um, mas uma caixa inteira de pacotes de Trident de canela.
É, eu adoro Trident de canela. Eles também gostam de mim. Por essa razão, é óbvio que se houver chance, eu vou cochilar no ônibus com um deles na boca e vou acordar assustada, toda babada e com um deles colado no meu cabelo, tamanha a sorte que me ronda.
Eu tenho mil e três assuntos para escrever, mas quando você está se aproveitando do horário de almoço da chefe que fica o dia todo com os olhos azuis colados no seu monitor, não é uma boa idéia ficar elaborando textos complicados, de idéias sensacionais.
Por isso, resolvi soltar um belo desabafo.
Não que isso arrebanhe leitores. Não que exista alguém muito interessado em saber que a frase que mais se passa na minha cabeça diariamente é 'Heil Hitler'. E pensar que eu nem posso explicar aqui por quê. E pensar que eu peguei dois super hamburgueres no almoço e não consegui comer tudo. Ai que desperdício.
E pensar que eu fico aqui só pensando, enquanto eu queria estar desmaiada na minha cama, com o ventilador ligado. E pensar que eu tenho guardado tudo para mim, enquanto meu organismo inteiro esperneia, implorando para eu berrar, gritar, me descabelar e deixar sair tudo que eu tenho guardado. Eu consigo ouvir as minhas células se organizando em um motim contra mim mesma. Vocês estão ouvindo?
Por que demônios eu não sou escritora? Por qual razão eu não publico um livro? E um livro bom, claro. Por que motivo eu não fico rica? Por que eu não posso escolher?
Argh. 13h54. Eu deveria estar preocupada com o horário, por que é nessa hora que o almoço dos outros terminam. Mas é claro que eles nunca chegam no horário. Mas o problema é que elas chegam. Demoram, mas chegam.
Eu devo ter colado muito Trident de canela na cruz.
Dinheiro também não seria de todo ruim. Aliás, seria muito, muito bom.
É engraçado que quando meu telefone toca, nunca é ninguém dizendo que ganhei algo, que fui sorteada em algum concurso do qual sequer lembrava de ter participado, que ganhei uma herança inesperada de um parente que eu também não sabia que existia ou que tem um cheque de 7 milhões nominal a mim. É sempre algum problema novo ou a C & A me cobrando a fatura do mês passado. O que ninguém entende é que, além de ganhar pouco, eu bloqueei a senha do meu cartão sem querer e não consigo ter acesso ao meu próprio e raro dinheiro.
Eu mereço férias. E em troca disso, o que a vida me dá? A volta as aulas.
Eu devo ter colado Trident de canela na cruz na minha última encarnação.
Aliás, devo ter colado não só um, mas uma caixa inteira de pacotes de Trident de canela.
É, eu adoro Trident de canela. Eles também gostam de mim. Por essa razão, é óbvio que se houver chance, eu vou cochilar no ônibus com um deles na boca e vou acordar assustada, toda babada e com um deles colado no meu cabelo, tamanha a sorte que me ronda.
Eu tenho mil e três assuntos para escrever, mas quando você está se aproveitando do horário de almoço da chefe que fica o dia todo com os olhos azuis colados no seu monitor, não é uma boa idéia ficar elaborando textos complicados, de idéias sensacionais.
Por isso, resolvi soltar um belo desabafo.
Não que isso arrebanhe leitores. Não que exista alguém muito interessado em saber que a frase que mais se passa na minha cabeça diariamente é 'Heil Hitler'. E pensar que eu nem posso explicar aqui por quê. E pensar que eu peguei dois super hamburgueres no almoço e não consegui comer tudo. Ai que desperdício.
E pensar que eu fico aqui só pensando, enquanto eu queria estar desmaiada na minha cama, com o ventilador ligado. E pensar que eu tenho guardado tudo para mim, enquanto meu organismo inteiro esperneia, implorando para eu berrar, gritar, me descabelar e deixar sair tudo que eu tenho guardado. Eu consigo ouvir as minhas células se organizando em um motim contra mim mesma. Vocês estão ouvindo?
Por que demônios eu não sou escritora? Por qual razão eu não publico um livro? E um livro bom, claro. Por que motivo eu não fico rica? Por que eu não posso escolher?
Argh. 13h54. Eu deveria estar preocupada com o horário, por que é nessa hora que o almoço dos outros terminam. Mas é claro que eles nunca chegam no horário. Mas o problema é que elas chegam. Demoram, mas chegam.
Eu devo ter colado muito Trident de canela na cruz.
beijosdesabafei ;*
Diandra Arbia
terça-feira, fevereiro 03, 2009
O Lorenzo
Eu estava na terceira série. Quase chegando na glória do primeiro grau. Desde a primeira série, era horrorosamente apaixonada por ele. Lorenzo. Minha melhor amiga era a Laís, alta, linda, magra. Acho que começou lá essa minha mania de ficar amiga dos meninos dos quais eu gostava. Amiga até demais. Era de conhecimento da Laís, da Aline, da Carla, da Bruna e etc, o segredo do meu amor pelo Lorenzo. Ahhh, Lorenzo. O Lorenzo dos cabelinhos lisinhos, loiros e tigelinha. Que sentava na cadeira atrás da minha. Que tinha os lábios carnudinhos. Que... começou a namorar a Laís. Naquela época, não existia a expressão 'talarica'. Mas já existia coração partido. E já existia esconder do Lorenzo e da Laís - meu eterno amor e meus melhores amigos - a tristeza e as lágrimas. E já existia dissumular e simular um sorriso quando a altona da Laís vinha mostrar a cartelinha com os quatro pares de brincos coloridinhos, que a mãe do Lorenzo comprou no camelô pra ele dar de dia dos namorados pra ela.
Existia também a resignação: ouvir a confidência de amor sufocante que o Lorenzo sentia. Pela Laís. E ainda fazer os dois namorarem por que, afinal, é isso o que fazem as amigas.
Existia também a resignação: ouvir a confidência de amor sufocante que o Lorenzo sentia. Pela Laís. E ainda fazer os dois namorarem por que, afinal, é isso o que fazem as amigas.
Pauta pro Site: Amiga fura-olho!
Uhuuul, Nova Iguaçu! Diandra e Letrinhas no TDB 2009!
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