Aliás, eu sempre fui boa nisso. Apesar de a vida toda ter sido uma boa aluna.
Na escola em que fiz meu colegial o negócio era para ser, supostamente, complicado. Explico o esquema:
Semana de prova era semana de prova para todo mundo. Todos os anos, todas as salas. Então eles separaram as pessoas por ordem alfabética e dividia por salas.
Então você, provavelmente, ficava separado dos seus amiguinhos, a não ser que eles tivessem um nome com a primeira letra próxima da sua. Na sua sala teria pessoas de pelo menos duas séries diferentes... Se você era do primeiro colegial, estaria com pessoas do segundo também.
Quanto as fileiras: era animal! Uma fileira de primeiro ano, uma de segundo, uma de primeiro, uma de segundo e assim ia... Ou seja, se você quisesse colar do amiguinho do seu lado, não restaria chances, pois ele estava em ano diferente do seu e com conteúdo diferente. (Exceto uma vez em geografia, que era a mesma coisa)
As provas: Eram pelo menos quatro tipos diferentes: A, B, C e D. Ás vezes poderia variar, chegando ao E ou F. Ou seja, ninguém a sua volta teria a mesma prova que a sua, se você quisesse olhar as provas num raio de 5 cadeiras em todas as direções, não acharia nenhuma igual a sua. Bacana, né?
Mas, no final do colégio, eu colava. Não sempre, não em tudo.
Meu problema é a ansiedade, e para resolvê-lo eu escrevia fórmulas no meio dos dedos, informações capitais, pequenos papéis em que eu sentava em cima e quando, e se me interessasse, eu abria a perna para ler. No primeiro colegial desenvolvi um sistema com meu namorado utilizando celular e moleton. Era batata. Mas eu o fazia por insegurança. Perdi as contas das vezes em que fiz cola e não usei. Saber que ela estava ali caso eu precisasse me acalmava e muitas vezes garantia o êxito da prova.
A questão mais discutida sobre a cola é sobre o mérito de passar de ano colando. Eu tinha um professor que sempre dizia que prova não prova nada. E eu concordo com ele. A prova-padrão não vai classificar se você absorveu algo ou não. Falando sério, os alunos tem ritmos diferentes e não adianta esperar que aplicando uma mesma prova para centenas de alunos distintos você conseguirá provar alguma coisa, sem levar em consideração as particularidades de cada um.
Se o aluno vai mal na prova, ele é taxado de burro. Mas, eu tinha um amigo na escola (não só esse, mas quero falar dele em especial) que era absurdamente inteligente, só que ia super mal nas provas e ficava com a auto-estima lá embaixo. O potencial dele não era nada aproveitado e por que? Por que as escolas insistem em tratar os alunos como um grupo homogêneo, quando na verdade não o são.
As escolas não respeitam as diferenças individuais e querem construir exércitos ao invés de dar um futuro, ensinando a pessoa de forma que ela se encaixe na sociedade da forma como ela verdadeiramente é, sem marginalização ou preconceitos.
Eu não colei durante minha vida inteira. Desde pequenina, minha mãe não ia às minhas reuniões escolares, pois ao contrário dos meus irmãos, eu jamais dei trabalho algum. Nas poucas vezes em que foi, ela sempre ouvia a mesma coisa: eu era brilhante, mas falava muito.
Eu sou do tipo que consegue fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo, então eu prestava atenção na aula, trocava bilhetes e conversava e ainda assim absorvia a matéria. Mas admito que acabava por atrapalhar os coleguinhas que não conseguiam o mesmo que eu. Como forma de compensar isso eu passava cola para os que me pediam ou deixava que dessem uma pequena olhada na minha folha. Ás vezes eu tinha que "pedir a borracha" só para ler o que a pessoa queria saber e responder, outras eu escrevia a lápis com letra gigante, para depois de transmitida a mensagem, apagar e escrever de maneira normal, outras ainda levantava para ir ao banheiro para que minha cabeçorra saísse da frente da prova.
É. Eu sempre tive uma cabeça grande.
"Quem não cola não saí da escola?" - Pauta para o site do TDB.
3 palpites bem-vindos!:
Sua cabeçuda, você deveria sentar na última cadeira da fileira.
hahahahahahahaha
kkkkkkkkkkkkkkkkk
mto boom!
sempre fiz minhas colinhas,e elas tbm me deixavam mais tranquila.
xD
mas vc num sabe o q eh ter um Mateus do seu lado,o tempo todo com aquela voz grossa:
lilah! lilah! o terceiro.
nossaa..
realmente me deixa mais nervosa que levar papelzinho!
beijoo
Gente pq vcs cismaram com a enlouquecida da Britney,deixem pessoa em paz!Ela não é capaz de fazer nada de bom pra ninguém,muito menos para Duas crianças indefesas que não sabem o que é certo ou errado!
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