quinta-feira, janeiro 25, 2007

Eu não rôo unhas.

Tudo depende do ponto de vista, baby.
Eu tenho hábitos que eu considero, humm.. normais. Já minha mãe considera INSUPORTÁVEIS. Está comigo? Shall we?
Pois bem, além de eu me sentir obrigada a fazer comentários espetaculares no cinema, contar cada história nos mínimos e demoraaados detalhes, comer compulsivamente só por.. comer (!), gostar muito de dormir, mas só depois de 26 horas na internet, ser meio medrosa, falar as coisas, ajudar as pessoas e esquecer um pouco de mim, odiar lavar louça e arrumar meu quarto, gastar rios de dinheiro com telefone e celular, me ligar sempre à pessoas muito distantes d e mim, ser desencanada com coisas que normalmente encanam e encanada com algumas coisas totalmente bestas, ter problemas de relacionamento com o meu cabelo, entre uma bíbilia de maus hábitos..
Eu falo muito. E como se não bastasse falar muito, eu falo rápido (quando não alto). Certa vez eu e meu irmão calculamos uma média incrível de aproximadamente 7, 3 palavras por segundo. É! Parece impossível, mas é real! O teste consistiu em ler um texto o mais rápido que eu conseguisse e depois calcular o número de palavras ditas nesse tempo (falta do que fazer pura). Eu confesso que ás vezes, quando eu estou empolgada, algumas pessoas têm certa dificuldade para entender o que eu digo. Isso nunca foi um problema pra mim. Mas para meus pais, irmãos, avós e certos amigos mais lerdinhos... NOSSA! É mesmo um absurdo. O caso é que esse jeito é o que me faz sentir confortável; Falar na mesma velocidade que os pensamentos se formam. Mas descobri logo no primeiro semestre da faculdade de jornalismo que isso pode se tornar um grande problema pra mim. Eu me inscrevi em um curso de 'Técnicas Vocais', onde aprendia como empostar a voz, os trejeitos, como fazer os improvisos parecerem naturais e como me posicionar na frente da câmera. Poutz, que nervoso! Foram umas 9 semanas de desespero. Na primeira gravação que fizemos eu me mexia como uma pulga tendo ataque epilético, tinha expressões faciais exageradas e provavelmente nesse dia, eu entraria para o Guiness Book se tivesse um fiscal pra comprovar minha façanha lá. Eu estava nervosíssima. Tive um ataque de riso descomunal que me obrigou a sair da sala por uns bons dez minutos. Quando entrei para fazer a minha parte.. bem... Eu tremia, meu estômago doía, meus olhos estavam marejados de lágrimas e eu queria acabar logo com aquilo. Foi muito rápido e incompreensível. Imaginei como seria se aquilo fosse mesmo pra TV e me bateu um desespero! Foi então que eu comecei a perceber que talvez eu não seja uma 'mita' e que não, não é o "cérebro do meu pai que é lento demais para processar frases". E comecei a tentar acalmar o fluxo incontrolável de palavras. Era muito ruim ouvir semana após semana das 28392108319 fonoaldiólogas que ministravam o curso que eu falava rápido demais.. e blá blá blá. Na última gravação do curso, eu já estava doze vezes melhor mas ainda assim... longe do ideal. Hoje, eu fiz mais um daqueles testes científicos e li um texto... O resultado deu uma média de aproximadamente 4,5 palavras por segundo. Agora eu estou preocupada, andei vendo a grade curricular do terceiro semestre e descobri que terei aulas de 'Narração para rádio' e 'Narração para TV'. Será DP na certa? Ou será que eu vou conseguir dominar meu ímpetos e aprender com o curso? O fato é que quero ser jornalista.. e não narradora de corrida de cavalo ou candidata a Galvão Bueno. Não perca os próximos capítulos!

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Scrap à Stefani

Eu devo dizer que a minha grande verdade é que eu simplesmente cansei de coisas vazias. Não quero mais isso. Eu quero mudar. Quero ser alguém melhor. Quero modificar meu mundinho para quiçá poder fazer a diferença no mundo dos outros. Quero ajudar as pessoas. Não quero nada em troca não. Só o fato de ajudar já me basta. Quero fazer a diferença. Alguma diferença por menor que seja. Quero saber que a minha existência faz a existência de outra pessoa um pouquinho melhor. Quero ser o motivo do sorriso de alguém.

Eu cansei de assistir tudo e ser mera espectadora da vida. Minha vida tá passando e eu estou assistindo. Cansei de pessoas completamente vazias, que em nada me acrescentam. Quero elevar o nível das minhas relações, quero aprender um pouquinho com cada um. É claro que pessoas fúteis nos ensinam. É claro. Mas quero aprendizados maiores.

É claro também que, ás vezes, futilidade é interessante. Bobeira é uma coisa agradável. Rir à toa de nada ou de tudo faz bem. E eu continuo com a bobeira. Com a cantoria. Com os acessos de riso incontroláveis que fazem a barriga doer e escorrer lágrimas dos olhos.

Mas eu quero maiiis.

;D_________________

Eu amo aquele blog. Esses meninos são muito bons. com muuuito futuro. sempre que eu achar alguma coisa interessante eu te mando, tá?Eu pensei logo em você quando descobri o texto. Eu sei que a gente é muito diferente e tão igual. Temos pensamentos similares sobre muitas coisas ;D

Se cuida?! promete?

você vai sentar sob a árvore e ser feliz?! ;*

* OBS: o blog a qual me refiro é www.mensonge.zip.net , vale muito a pena.


sexta-feira, janeiro 05, 2007

Apenas Comum

Ela não era uma menina linda. Ela tinha o cabelo desengonçado, não tinha os olhos verdes nem azuis. Ela fazia de tudo para ser aceita. Desde pequena, aprendeu que sofrer bem, é sofrer quieta. Quando gostava dos meninos, eles sempre gostavam das suas amigas. Quando podia, ela ajudava o tal 'romance' . Só para conseguir ser importante.. No dia dos namorados, ela nunca ganhava presente, nem que fosse um recadinho de quatro palavras num papel de cheese-burguer amassado. Fazia de tudo e mais um pouco para que gostassem dela. Levava brinquedos extras de casa, nas sextas-feiras, quando era permitido levar, para caso alguém resolvesse brincar com ela. Quase sempre acabava brincando sozinha, embaixo da arquibancada, conversando sozinha com as bonecas que conseguira esconder da mãe e da avó na mochila pesada, que só conseguia carregar por que pensava que talvez o dia fosse aquela sexta- feira. Ás vezes, alguém se interessava por seus brinquedos. Como aconteceu quando levou aquele cachorrinho que dava saltos mortais para trás. Por dois minutos, toda atenção era só para ela. Não bem para ela, mas para o brinquedo. Mas não importava, ela era a proprietária do cachorro saltitante. Mas tudo isso só importava por dois minutos, depois, alguém surgia com uma boneca tamanho- criança. Ela não tinha os melhores brinquedos, roupas... sandálinhas, daquelas de plástico de alguma famosa da TV, nunca teve. Tênis que acendia a luzinha quando pisava? Idem. Desde pequena foi assim. Talvez por isso nunca foi uma das primeiras a ser escolhida na educação física. Por que era assim? - vivia a se perguntar. Talvez não prestasse mesmo. Nem o pai gostava dela... Ao crescer um pouco mais, houve uma época em que pensava todos os dias, carinhosamente, em se matar. Como seria se ela morresse? Como ficaria o mundo sem ela? Alguém sentiria sua falta? Alguém lembraria de sua morenice? Descobriu então, um jeito de desabafar: escrevia tudo em cadernos. Cadernos e mais cadernos. Chorava suas mágoas deitada sobre seus cadernos todas as tardes e todas as noites, até que adormecesse. Não à toa, tinha tara por papelarias. Entrava em todas, queria todos os caderninhos, agendinhas.. o que fosse. Esses eram seus amigos. Tinha pilhas deles no quarto. Sabia que ninguém ousaria ler. Mas como desejava que lessem e descobrissem que ela era uma farsa. E a ajudassem... como desejava... Aos 14 anos, tinha escrito dois livros. Histórias que fantasiava como sendo suas. Livros que ninguém jamais leu. Mas orgulhava-se da escrita precoce. Nas histórias, a personagem principal sempre era uma garota, mais ou menos de sua idade. Ela sofria, mas sempre descobria a felicidade. Tinha amigos, amores.. uma família desestruturada... Mas no final...Era o seu final. Tudo o que desejava para si. A fase depressiva não foi eterna, achou uma força dentro de si que desconhecia. Provavelmente herança materna. Sua vida não virou um de seus contos de fadas, mas se revirou. Ela continuava a não ser a mais bela, e os rapazes sempre gostavam se suas amigas... Mas ela tinha um brilho nos olhos. Aquela... MORREU!