Desde que nasci, aprendi a falar e entendi o que era o mundo, sempre pedi a minha mãe que me desse uma irmã gêmea idêntica. Demorei um bocado a entender que era tarde demais para isso. Na minha cabeça só conseguia pensar nas estripulias que aprontaríamos, nas provas que ela faria por mim, nos castigos que ela assumiria no meu lugar e nos foras que eu daria nos namorados dela.
As vantagens sempre superaram qualquer desvantagem: teria um guarda-roupa dobrado, deixaria minha família ainda mais louca, ela poderia ir votar no meu lugar e poderíamos trocar de trabalho de vez enquando. O ponto preocupante? Meu namorado agarrá-la sem querer, querendo.
Texto para o Tudo de Blog - EDIÇÃO 1088