sem.nome.
Eu leio cartas antigas, eu espirro com o pó dos velhos livros
Na fila da vida, onde o tempo não passa, eu espero por algo que não sei o que é.
Eu odeio não saber. Odeio não ter o controle das coisas.
Mas ás vezes, tudo o que a gente mais quer e precisa é entregar as rédeas das
situações para outra pessoa.
Eu queria inspirar poesia. Queria, ah como eu queria!
Queria ser a lua da noite de alguém
Ser o Sol quente que ilumina a água fria do mar.
Ser o reflexo no espelho da espera. Inspirar reflexão cadente.
Fazer alguém sair dirigindo sem destino pra respirar.
Queria tirar o fôlego e fazer tremer.
O frio na barriga misturando com o calor do corpo.
Deixar meu cheiro na roupa que será aspirada na solidão de um quarto.
Eu espero na fila da vida, onde o tempo voa, por alguém que não vai chegar.