Ela vendia pedaços do céu, eu árvores imaginárias com milhões de formigas.
Ela era engraçada o tempo todo, eu vivia tentando ser.
Ela era disciplinada e super engajada, eu? Empurrava tudo com a barriga e sonhava.
Ela tinha planos deliciosos que me faziam viajar. Eu embarcava de carona nos sonhos dela e esperava que algumas coisas acontecessem.
A gente se conheceu na quinta série. Sabe-se lá como. Mas a gente tinha a 'Quarta-feira Internacional da Fofoca'. Ao final da sétima série, fui embora do colégio para nunca mais. Ela estava brava comigo; ao que parece, eu gostava do mesmo menino cabeçudo que ela.
Anos sem se falar, ela as vezes aparecia na minha nova escola e, de birra, não trocava palavra comigo. Eu nem sabia que ela estava brava.
No primeiro semestre da faculdade, surpresa. Lá estava ela! Lá estava eu. De volta ao mesmo cenário do tal 'nunca mais'. Diferentes em tudo. Iguais em muitas coisas. Novamente, não sei como... amigas de novo. De presente, uma segunda chance. Unidas pelas nossas diferenças tão iguais. Juntas de um jeito que só podia. Vendendo pedaços do celeste e árvores de mentirinha.
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